Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
domingo, 28 de outubro de 2007
Agora sim, só agora, mirando-me em vazante calma, cumpridora de passagens, sei brotar em mim essa coragem de tomar nas mãos o frágil mistério: vida do meu tamanho, coisa que me quer e que eu não quis, quero-lhe agora, porque preciso. Finalmente.
Surjo - e suplico - para que eu não passe de mim. Para que eu me leve no meu corpo, esse abrigo que é minha casa, sem abandonar-me de novo pela estrada. Para que eu carregue meu caos em direção ao seu peito, meu, sem medo.
Abdiquei do medo de cumprir-me.
(Natália • Nunes)