Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
domingo, 21 de outubro de 2007
Asas
Eu carrego nas asas
Meus dias
Minhas noites
Meus sóis
Minhas sombras
Meu mundo
Minhas pessoas
Meus sonhos
Meus medos.
Ás vezes acho meu fardo pesado demais...
Mas dizem que nos é dado aquilo que pudemos suportar.
Me sinto pequena
Diante de tudo que carrego
E suporto
Muitas vezes calada
Sozinha
Assustada.
Mas memo assim insisto em voar
E levo adiante meu destino.
Vou com elas.
Duas.
Nunca três ou cinco.
Sempre duas.
Sempre irmanadas e companheiras.
Sempre aliadas e cúmplices de vôo.
Asas...
Não são elas os maiores convites a sonhar?
A pensar? A voar?
Vou onde meu pensamento me levar.
Se elas me foram dadas
É um disperdício não voar e arriscar.
Sou uma criatura alada das alturas...
Uma criatura liberada.
Vou me atirar no precipício da imaginação
E acreditar que ser o que sou
Me levará as alturas.
Voem!
(Carolina Salcides)
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