Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Rosas
Rosas que já vos fostes, desfolhadas
Por mãos também que Já foram, rosas
Suaves e tristes! Rosas que as amadas,
Mortas também, beijaram suspirosas...
Umas rubras e vãs, outras fanadas,
Mas cheias do calor das amorosas...
Sois aroma de almofadas silenciosas,
Onde dormiram tranças destrançadas.
Umas brancas, da cor das pobres freiras,
Outras cheias de viço de frescura,
Rosas primeiras, rosas derradeiras!
Ai! Quem melhor que vós, se a dor perdura,
Para coroar-me, rosas passageiras,
O sonho que se esvai na desventura?
(Alphonsus de Guimaraens)