segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Simplesmente por ser mulher


Meu corpo e alma fundiram-se me fazendo levitar.
Como se necessitasse, apenas, somente em ti morar.
Fiquei absorta, surda, cega!
Mas ao mesmo tempo...
Perceptiva, com audição e visão plenas!
Aspirei o perfume das flores,
enxerguei um mundo mais lindo,
conversei com o vento, e o tempo...
Estacionou!
O ócio ficou belo e andei prá lá e prá cá,
sem pouso certo em nenhum lugar.
Transportei-me para uma atmosfera inexplicável,
fazendo cada coisa com agilidade ímpar e
desconhecida do meu cotidiano.
A felicidade foi solitária, ilegal,
mas infinitamente inesquecível...
Lancei-me aos rodopios entre a ternura e o carinho,
flutuando, por conta de tanto amor que
fizestes despertar em mim...
Daquele momento de nós dois, depois do ato de amar,
restou esse gôzo prolongado que perdura insistente,
que não me aquieta, nem se eu quiser,
provocando bel-prazer no meu êxtase feminino...
"Simplesmente por ser mulher"!
(Laura Limeira)

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