sexta-feira, 23 de novembro de 2007


Ela caminha em beleza, como a noite
Num céu sem nuvens e de estrelas palpitantes;
E o que há de bom em treva ou resplendor
Reúnem-se em seu aspecto e em seu olhar:
Dessa forma suave para uma luz tão branda
Cujo céu denega ao dia em seu fulgor.

Uma sombra a mais, em raio que faltasse,
Teria parte prejudicada por sua graça indefinível
Que em suas tranças negras ondeia
Ou meigamente lhe ilumina o semblante:
Onde pensamentos serenamente expressam doçura
Quão puro é o seu lar, como é aprazível.

E sobre esse queixo, sobre aquela sobrancelha,
Nesses traços tão macios, tão calmos, contudo eloqüentes,
Os sorrisos que vencem e as matizes que incandescem,
Dizem apenas dos dias de bondade gastos,
De uma alma cuja paz com todos transparece,
De um coração de amores inocentes!
(Lord Byron)

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