sábado, 10 de novembro de 2007

Musa, Fada


Vestida de invólucro branco
coberta de aura dourada
caminha como pairando
desvelando a madrugada.
Translúcido é o vazio
que traz dentro da alma
quando tomada de surpresa
lhe é retirada a aparente calma.
Dentre tanta confusão
bate com presteza as asas
na esperança de quem busca
reacender o coração.
Em meio à floresta mágica
lá, onde fora encontrada
ígneo é o olhar de quem a descobre
e a chama de Musa, de Fada...
Recolhendo-se assustada
ouve a brisa a lhe dizer
- é o poeta, é o poeta
a permitir o amanhecer.
(Emy Margot Tápia Alvear)

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