terça-feira, 5 de fevereiro de 2008


"
Gostava da profunda alegria dos outros,
pelo dom inato descobria a
alegria dos outros.
Por dom, era também
capaz de descobrir a solidão
que os outros tinham.
E também por dom,
sabia profundamente brincar
o jogo da vida, transformando-a
em cores e formas.
Sem mesmo sentir
que usava o seu dom,
o seu ser se manifestava:
dava sem perceber,
amava sem perceber que
a isto chamavam amor [...]
Dava-se em silêncio,
e dava o que juntara de si..."
(Clarice Lispector)