terça-feira, 5 de fevereiro de 2008


Por favor ponha máscaras, ou qualquer um dos seus íntimos disfarces. Quero minha nudez, solitária, porque o baile a cada hora acaba, as fantasias sempre se renovam, e eu pretendo sobrar assim, sem nada... Se alguém, intrépido, insiste em permanecer tal como é, nu ou despojado, ao partir vai me despedaçar com sua ausência. Serei então melancolia e saudade sem tréguas. Enfim, o meu retrato: O negativo irrevelável de quem se mostrou, partiu e me legou a saudade eterna.
(Antonio Carlos Mattos)